quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Até que ponto nossa opinião vale e os nossos direitos e deveres começam? Poderíamos realmente condenar alguém de gostos diferentes, alias, qual a definição de diferente se todos somos iguais perante a lei e constituímos a mesma sociedade? Homossexuais trabalham, consomem, se apaixonam, possuem sentimentos como qualquer hetero, desta forma não há por que negar-lhes um simples papel dando direito ao patrimônio construído com esforço e dedicação junto com seu parceiro.
Depois do primeiro casamento gay em Goiás o juiz Jeronymo Villas Boas, foi contra o STF e tentou anular o casamento, dizendo que este foi um ato criminoso comparando-os a um roqueiro pelado durante um show. “O que neste ato pretenderam os dois declarantes é obter a proteção do Estado como entidade familiar. Os efeitos jurídicos que se extrairia disso são efeitos jurídicos de proteção da família. Eles não são uma família”.
A constituição declara no artigo 16 que constitui família o núcleo formado entre homem e mulher e que destes se gerem frutos. Diante disso, penso no número de "famílias" que hoje nao conseguem gerar filhos por problemas de saúde e nem por isso deixam de serem nomeadas famílias. Uma mãe divorciada que cuida de um filho tambem não deixa de ser uma família. Entao em que conceito a constituiçao se baseia para dizer que familia seria apenas um homem com uma mulher gerando frutos? Nos esquecemos que essa constituiçao foi feita no século passado, onde uma mulher divorciada era um escândalo na sociedade.
Em pleno século XXI é uma vergonha esse preconceito tolo e ignorante. Ainda temos que ouvir uma ministra, estudada, dizendo que não faz sentido um gay trabalhando na sua casa, influenciando seus filhos... O que ela se esqueceu são que os gays ja fazem parte da nossa sociedade e se o filho dela não encontrar com eles na sua casa, com certeza encontrará na escola, na festinha de aniversario, no mercado.
Pensamento aberto, repeito na cabeça e educação nas atitudes não pode matar alguém.

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